Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo unidas contra fim da aposentadoria
- terça-feira, 14 de fevereiro de 2017.
As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo se reuniram com a direção da CUT, na sede da Central, em São Paulo, para definir estratégias de defesa das aposentadorias e para impedir que o governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) tenha sucesso na Reforma da Previdência (PEC 287/16).
As frentes também apontaram propostas para o período anterior e posterior ao 15 de março, Dia Nacional de Lutas e Paralisações novas reuniões ainda nesta semana e vão definir novas ações para popularizar o debate nas ruas.
Para o presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas, os movimentos sindical e sociais têm o dever histórico de impedir o roubo de mais esse direito e a sociedade deverá decidir se aceitará esse retrocesso calada ou enfrentará os golpistas. "Não querem reformar a Previdência para melhorá-la, mas para acabar com ela. Querem transformar um direito público em algo para comprar no Bradesco ou no Itaú como previdência privada. Ou a sociedade se manifesta e barra essa falsa reforma ou os trabalhadores vão morrer trabalhando. Ninguém vive para contribuir 49 anos num país com tanta informalidade e com alto índice de rotatividade como o nosso", criticou Vagner.
Como fica
Caso a PEC 287 de Temer seja aprovada, a idade mínima para aposentadoria integral será de 65 anos para homens e mulheres, com pelo menos 25 anos de contribuição para trabalhadores do campo e da cidade. Porém, se a expectativa de vida crescer no Brasil, a idade também pode ser elevada. Professores e trabalhadores rurais, que possuem jornadas mais exaustivas, perdem a condição de categorias especiais. Os segundos terão que contribuir obrigatoriamente por 25 anos. A pensão por morte, benefício para quem perde a esposa ou marido, também deixa de ter valor integral e passa a ser de 60% e mais 10% para cada dependente. Será proibido receber pensão e aposentadoria ao mesmo tempo.
Para o membro da coordenação do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, a sociedade brasileira ainda não se deu conta do tamanho do prejuízo que a aguarda. "Barrar essa contrarreforma é prioridade não só para os movimentos sociais, mas para todo o povo brasileiro. Se essa proposta for aprovada, a juventude não consegue mais se aposentar. O que nos resta é a rua, porque o parlamento é controlado pelos golpistas, o Judiciário está tendo um papel criminalizador das lutas sociais e em março teremos um amplo calendário contra a reforma da Previdência, pelo Fora Temer e por eleições diretas."
Coordenador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) João Paulo Rodrigues defendeu que as mobilizações sejam acompanhadas de greves, única linguagem que os empresários financiadores do golpe compreendem. "Junto com o trabalho de base para explicar na prática como a reforma da Previdência vai destruir a renda das famílias, temos de ter um enfrentamento ao bloco golpista.
Combinar publicidade da nossa proposta com mobilização nas ruas das principais capitais e paralisação que dê prejuízo ao grande capital, no dia de trabalho, na sala de aula. Porque o capital só entende essa linguagem. Se só fizermos protesto de rua e não fizermos paralisação no local de trabalho, dificilmente vamos conseguir alterar a correlação de forças", definiu.
Membro do Levante Popular da Juventude, Larissa Sampaio, falou que o movimento tem aprofundado o trabalho de base para levar os jovens às ruas contra as medidas golpistas. "O Levante tem traçado uma tática de ir às ruas e às escolas para mostrar os retrocessos que esperam os jovens no futuro e abrir um diálogo fraterno e tranquilo. Desde ontem, aprofundamos um trabalho para convocar todos a irem às ruas no dia 15 e o objetivo é que tanto a juventude trabalhadora, quanto a estudantil esteja nas mobilizações para barrar a reforma".
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As frentes também apontaram propostas para o período anterior e posterior ao 15 de março, Dia Nacional de Lutas e Paralisações novas reuniões ainda nesta semana e vão definir novas ações para popularizar o debate nas ruas.
Para o presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas, os movimentos sindical e sociais têm o dever histórico de impedir o roubo de mais esse direito e a sociedade deverá decidir se aceitará esse retrocesso calada ou enfrentará os golpistas. "Não querem reformar a Previdência para melhorá-la, mas para acabar com ela. Querem transformar um direito público em algo para comprar no Bradesco ou no Itaú como previdência privada. Ou a sociedade se manifesta e barra essa falsa reforma ou os trabalhadores vão morrer trabalhando. Ninguém vive para contribuir 49 anos num país com tanta informalidade e com alto índice de rotatividade como o nosso", criticou Vagner.
Como fica
Caso a PEC 287 de Temer seja aprovada, a idade mínima para aposentadoria integral será de 65 anos para homens e mulheres, com pelo menos 25 anos de contribuição para trabalhadores do campo e da cidade. Porém, se a expectativa de vida crescer no Brasil, a idade também pode ser elevada. Professores e trabalhadores rurais, que possuem jornadas mais exaustivas, perdem a condição de categorias especiais. Os segundos terão que contribuir obrigatoriamente por 25 anos. A pensão por morte, benefício para quem perde a esposa ou marido, também deixa de ter valor integral e passa a ser de 60% e mais 10% para cada dependente. Será proibido receber pensão e aposentadoria ao mesmo tempo.
Para o membro da coordenação do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, a sociedade brasileira ainda não se deu conta do tamanho do prejuízo que a aguarda. "Barrar essa contrarreforma é prioridade não só para os movimentos sociais, mas para todo o povo brasileiro. Se essa proposta for aprovada, a juventude não consegue mais se aposentar. O que nos resta é a rua, porque o parlamento é controlado pelos golpistas, o Judiciário está tendo um papel criminalizador das lutas sociais e em março teremos um amplo calendário contra a reforma da Previdência, pelo Fora Temer e por eleições diretas."
Coordenador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) João Paulo Rodrigues defendeu que as mobilizações sejam acompanhadas de greves, única linguagem que os empresários financiadores do golpe compreendem. "Junto com o trabalho de base para explicar na prática como a reforma da Previdência vai destruir a renda das famílias, temos de ter um enfrentamento ao bloco golpista.
Combinar publicidade da nossa proposta com mobilização nas ruas das principais capitais e paralisação que dê prejuízo ao grande capital, no dia de trabalho, na sala de aula. Porque o capital só entende essa linguagem. Se só fizermos protesto de rua e não fizermos paralisação no local de trabalho, dificilmente vamos conseguir alterar a correlação de forças", definiu.
Membro do Levante Popular da Juventude, Larissa Sampaio, falou que o movimento tem aprofundado o trabalho de base para levar os jovens às ruas contra as medidas golpistas. "O Levante tem traçado uma tática de ir às ruas e às escolas para mostrar os retrocessos que esperam os jovens no futuro e abrir um diálogo fraterno e tranquilo. Desde ontem, aprofundamos um trabalho para convocar todos a irem às ruas no dia 15 e o objetivo é que tanto a juventude trabalhadora, quanto a estudantil esteja nas mobilizações para barrar a reforma".
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