Em assembleia, servidores do Poder Judiciário decidem não entrar em greve
- segunda-feira, 30 de maio de 2022.
Reunidos em Assembleia, convocada pelo SindJustiça-RN, os servidores e servidoras do Poder Judiciário do RN decidiram, no domingo (29), não entrar em greve em função do projeto do PCCR aprovado pelo pleno do TJRN. A assembleia aconteceu no auditório do Tribunal do Júri do Fórum Miguel Seabra Fagundes.
A assembleia foi aberta às 10h pela diretoria colegiada do SindJustiça-RN, dando espaço para as falas dos trabalhadores e trabalhadoras. O Servidor José Carlos, primeiro a falar, apesar de ressaltar sua indignação pelas perdas dos Oficiais de Justiça e dos Auxiliares Técnicos, encaminhou pela não decretação de greve.
Posicionamento semelhante sobre a greve tiveram os demais servidores em suas falas, que ressaltaram as perdas dos Oficiais de Justiça e dos Auxiliares Técnicos. O servidor Valdemar, inclusive, propôs a realização de um estudo para definir uma forma de reverter os efeitos negativos do projeto. O diretor coordenador do sindicato, João Sobrinho, em resposta ao pedido, afirmou que o sindicato deve realizar, por meio de sua assessoria jurídica. essa análise. a fim de impedir ou minimizar as perdas de direitos dos OJs e ATs. Os servidores seguiram apresentando suas falas com posicionamento contrário à greve.
A servidora Graça Alencar, diretora administrativa do SindJustiça-RN demonstrou sua indignação com a manutenção do nome de Auxiliar Técnico e frisou a importância da categoria se manter unida mesmo com a diferenciação dos cargos, "O sindicato é de todos e a luta é por todos", frisou.
O Advogado Daniel Pessoa, assessor jurídico da entidade, informou que do ponto de vista legal nada impede que a assembleia legislativa ofereça um substitutivo ao Projeto de Lei do PCCR apresentado pelo TJRN. Ele frisou que esta é uma luta política, que é possível fazer estudos e entrar com ações judiciais posteriores para reverter a situação, mas é primordial que a categoria se mantenha em luta, politicamente junto aos deputados estaduais.
Posicionamento semelhante tiveram outros servidores que se pronunciaram, solicitando que a entidade trabalhe politicamente em outras frentes, para recuperar as perdas que ocorreram em relação a alguns cargos, o que foi prontamente assegurado pela diretoria colegiada, que garantiu que a luta continua, a partir de agora na ALERN.
Após as falas de representantes da base, foi posta em votação a proposta de não realização de greve, lançada por José Carlos, objeto da assembleia, sendo a proposta aceita pela grande maioria dos presentes. Assim, a assembleia deliberou pela não decretação de greve.
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