Bolívia obriga imprensa a reservar espaço para trabalhadores
- domingo, 24 de maio de 2009.
da Efe, em La Paz
O governo de Evo Morales aprovou nesta quarta-feira um decreto que
obriga as empresas jornalísticas da Bolívia, públicas e privadas, a
reservar espaços de opinião diários para que seus jornalistas
expressem ideias livremente. Com isso, o Executivo pretende recuperar
a chamada "coluna sindical" que, como explicou o porta-voz
presidencial, Iván Canelas, foi suprimida pelos governos
"neoliberais" .
Deste modo, os jornais bolivianos deverão destinar, diariamente, em
suas páginas de opinião, um espaço equivalente ao de um editorial para
que os seus jornalistas e outros trabalhadores ligados a sindicatos e
federações de imprensa expressem as suas ideias em notas assinadas. No
caso de rádios e de TVs, as empresas deverão ceder aos jornalistas do
governo cerca de três minutos exclusivos em um de seu s informativos
diários.
O decreto aprovado no Conselho de Ministros proíbe expressamente
qualquer tipo de censura a esses comentários.
O texto ainda proíbe as empresas de impor sanções ou despedir aqueles
empregados que produzirem artigos com ideias contrárias às delas, sob
pena de serem denunciadas para o Ministério do Trabalho. Outro
decreto, também aprovado, obriga as empresas de mídia a compensar os
trabalhadores por gastos com transporte urbano derivados do seu
trabalho.
O porta-voz da Presidência disse que a medida "não apenas reforça a
liberdade de expressão como recupera os benefícios" de que gozavam os
jornalistas, antes da etapa "neoliberal" .
O governo de Morales mantém tensas relações com os meios de
comunicação privados da Bolívia, que acusa de estarem alinhados aos
inimigos. Morales já brigou com um jornal, "La Prensa", por publicar
inf ormações que o acusavam de ligação com um caso de contrabando. Ele
chegou a discutir publicamente com um repórter do veículo.
Há alguns meses, as associações do setor denunciam que o presidente
não atende pedidos dos jornalistas bolivianos e só convoca coletivas
de imprensa para os meios internacionais.
A Associação Nacional de Imprensa (ANP, na sigla em espanhol), que
reúne proprietários de meios de comunicação privados da Bolívia, já
criticou o governo em várias ocasiões por podar a liberdade de
imprensa e "amordaçar" os meios de comunicação independentes.
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O governo de Evo Morales aprovou nesta quarta-feira um decreto que
obriga as empresas jornalísticas da Bolívia, públicas e privadas, a
reservar espaços de opinião diários para que seus jornalistas
expressem ideias livremente. Com isso, o Executivo pretende recuperar
a chamada "coluna sindical" que, como explicou o porta-voz
presidencial, Iván Canelas, foi suprimida pelos governos
"neoliberais" .
Deste modo, os jornais bolivianos deverão destinar, diariamente, em
suas páginas de opinião, um espaço equivalente ao de um editorial para
que os seus jornalistas e outros trabalhadores ligados a sindicatos e
federações de imprensa expressem as suas ideias em notas assinadas. No
caso de rádios e de TVs, as empresas deverão ceder aos jornalistas do
governo cerca de três minutos exclusivos em um de seu s informativos
diários.
O decreto aprovado no Conselho de Ministros proíbe expressamente
qualquer tipo de censura a esses comentários.
O texto ainda proíbe as empresas de impor sanções ou despedir aqueles
empregados que produzirem artigos com ideias contrárias às delas, sob
pena de serem denunciadas para o Ministério do Trabalho. Outro
decreto, também aprovado, obriga as empresas de mídia a compensar os
trabalhadores por gastos com transporte urbano derivados do seu
trabalho.
O porta-voz da Presidência disse que a medida "não apenas reforça a
liberdade de expressão como recupera os benefícios" de que gozavam os
jornalistas, antes da etapa "neoliberal" .
O governo de Morales mantém tensas relações com os meios de
comunicação privados da Bolívia, que acusa de estarem alinhados aos
inimigos. Morales já brigou com um jornal, "La Prensa", por publicar
inf ormações que o acusavam de ligação com um caso de contrabando. Ele
chegou a discutir publicamente com um repórter do veículo.
Há alguns meses, as associações do setor denunciam que o presidente
não atende pedidos dos jornalistas bolivianos e só convoca coletivas
de imprensa para os meios internacionais.
A Associação Nacional de Imprensa (ANP, na sigla em espanhol), que
reúne proprietários de meios de comunicação privados da Bolívia, já
criticou o governo em várias ocasiões por podar a liberdade de
imprensa e "amordaçar" os meios de comunicação independentes.
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