8 de Março - Dia Internacional da Mulher
- quarta-feira, 8 de março de 2017.
O SindJustiça reconhece e apoia a luta de todas as mulheres brasileiras. O 8 de março é o momento de colocar o bloco na rua e dizer que para construir um mundo diferente precisamos afirmar as mulheres como sujeito histórico de luta. Não é um dia de receber flores, mas de afirmar o protagonismo político e convocar mais mulheres para a luta.
A violência física e simbólica contras as mulheres é motivo de vergonha para todos nós. Os dados são assustadores: o Brasil tem a 5ª maior taxa de morte de mulheres do mundo; em 10 anos, a quantidade de negras assassinadas e os casos de estupro notificados no país aumentaram 54% e 51% respectivamente.
De acordo com dados do Observatório da Violência Letal Intencional (Obvio), 16 mulheres foram vítimas de femicídio no Rio Grande do Norte entre 1º de janeiro a 3 de março de 2017, um crescimento de 14% com relação ao mesmo período do ano passado.
Mais do que nunca, se faz necessário retomarmos o caráter de luta desse dia, como um dia de luta não só das mulheres, mas também de todos os trabalhadores e trabalhadoras, para que se tenha fim toda a violência e exploração de cor, gênero e classe.
A hora é de reagir contra a retirada de direitos que o Governo Temer quer impor aos trabalhadores e trabalhadoras. No caso da reforma da previdência, por exemplo, as mulheres serão duramente penalizadas, com o aumento da idade para se aposentarem.
É preciso educar urgentemente nossos filhos para o respeito e a igualdade de gêneros. Pesquisa recente realizada pela organização Plan com crianças de cinco estados brasileiros (cidade e interior) revela que 81,4% das meninas arrumam a própria cama, atividade que só é executada por 11,6% dos irmãos meninos. 76,8% das meninas lavam a louça e 65,6% limpam a casa, enquanto apenas 12,5% dos irmãos lavam a louça e 11,4% limpam a casa. Além disso, cabe a elas cuidar dos irmãos menores (em vez de estudar) quando os pais trabalham, nas famílias com poucos recursos.
O relatório "Progresso das Mulheres no Mundo 2015-2016: Transformar as economias para realizar os direitos", da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que no mundo, em média, os salários das mulheres são 24% inferiores aos dos homens na mesma função.
A pesquisa revela que, em todas as regiões, as mulheres fazem quase duas vezes e meia mais trabalho doméstico e de cuidados de outras pessoas não remunerados do que os homens. Segundo a ONU, as mulheres são responsáveis por uma carga excessiva de trabalho doméstico não remunerado referente aos cuidados com filhos, com pessoas idosas e doentes e com a administração do lar.
Essa realidade precisa mudar. Chega de exploração e violência contra as mulheres. Como disse muito apropriadamente o Jornalista do site Diário do Centro do Mundo, Marcos Sacramento, "no Dia Internacional da Mulher, a melhor reverência que um homem pode prestar às mulheres é admitir o próprio machismo e tomar atitudes para desconstruí-lo".
Voltar
A violência física e simbólica contras as mulheres é motivo de vergonha para todos nós. Os dados são assustadores: o Brasil tem a 5ª maior taxa de morte de mulheres do mundo; em 10 anos, a quantidade de negras assassinadas e os casos de estupro notificados no país aumentaram 54% e 51% respectivamente.
De acordo com dados do Observatório da Violência Letal Intencional (Obvio), 16 mulheres foram vítimas de femicídio no Rio Grande do Norte entre 1º de janeiro a 3 de março de 2017, um crescimento de 14% com relação ao mesmo período do ano passado.
Mais do que nunca, se faz necessário retomarmos o caráter de luta desse dia, como um dia de luta não só das mulheres, mas também de todos os trabalhadores e trabalhadoras, para que se tenha fim toda a violência e exploração de cor, gênero e classe.
A hora é de reagir contra a retirada de direitos que o Governo Temer quer impor aos trabalhadores e trabalhadoras. No caso da reforma da previdência, por exemplo, as mulheres serão duramente penalizadas, com o aumento da idade para se aposentarem.
É preciso educar urgentemente nossos filhos para o respeito e a igualdade de gêneros. Pesquisa recente realizada pela organização Plan com crianças de cinco estados brasileiros (cidade e interior) revela que 81,4% das meninas arrumam a própria cama, atividade que só é executada por 11,6% dos irmãos meninos. 76,8% das meninas lavam a louça e 65,6% limpam a casa, enquanto apenas 12,5% dos irmãos lavam a louça e 11,4% limpam a casa. Além disso, cabe a elas cuidar dos irmãos menores (em vez de estudar) quando os pais trabalham, nas famílias com poucos recursos.
O relatório "Progresso das Mulheres no Mundo 2015-2016: Transformar as economias para realizar os direitos", da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que no mundo, em média, os salários das mulheres são 24% inferiores aos dos homens na mesma função.
A pesquisa revela que, em todas as regiões, as mulheres fazem quase duas vezes e meia mais trabalho doméstico e de cuidados de outras pessoas não remunerados do que os homens. Segundo a ONU, as mulheres são responsáveis por uma carga excessiva de trabalho doméstico não remunerado referente aos cuidados com filhos, com pessoas idosas e doentes e com a administração do lar.
Essa realidade precisa mudar. Chega de exploração e violência contra as mulheres. Como disse muito apropriadamente o Jornalista do site Diário do Centro do Mundo, Marcos Sacramento, "no Dia Internacional da Mulher, a melhor reverência que um homem pode prestar às mulheres é admitir o próprio machismo e tomar atitudes para desconstruí-lo".
Voltar