DE VOLTA À PRAÇA
- sábado, 17 de dezembro de 2016.
"Ao rei tudo, menos a honra". (Calderón de la Barca)
Foram apenas dois anos. Mas como demoraram a passar. Assim é com as coisas ruins. Só faltam não acabar. Felizmente, o pesadelo terminou. Não esqueceremos, contudo, o que sofremos na pele. Tratados como lixo, a seu modo, cada um de nós resistiu como pôde, mas levará para sempre na memória as marcas desse período sombrio.
Sob a tirania, fomos tratados com desprezo e escarnecidos publicamente. Tivemos nossos direitos usurpados, perdemos salários. Muitos de nós não suportaram a pressão e adoeceram. Mas não perdemos, em momento algum, a dignidade. Sucumbir jamais. Não demos esse gosto ao "rei mal coroado", que de formas obsessiva e desumana fez de tudo para nos destruir.
Não sabemos o mal que o mundo fez a esse homem. Duro, injusto e implacável com os pequenos. Afável, conciliador e generoso com os grandes (leram a cartinha de natal dele aos juízes?!). Esses são traços marcantes da biografia do moralista de botequim, que entrará para a história como o homem que levou o TJRN à ruína em dois anos.
Desastre atestado por ninguém menos que o Conselho Nacional de Justiça, que apontou o TJRN como um dos mais ineficientes do Brasil. Em apenas dois anos caímos do Selo Diamante, o topo, para o Selo Bronze, a pior colocação.
Judiciário sucateado. Funcionários doentes, com a autoestima destruída. Essa é a herança maldita deixada pelo político e midiático "gestor", o homem que com seus pitacos, ora inconvenientes, ora inconsequentes, se apresenta à sociedade como o salvador do Rio Grande do Norte.
Em termos financeiros, a instituição TJRN vai muito bem obrigado. Tem mais de R$ 500 milhões em caixa. Os juízes também não têm do que reclamar. Já os funcionários estão há mais de cinco anos sem sequer a reposição das perdas inflacionárias, amargando um arrocho salarial sem precedentes ("O Brasil vai bem, mas o povo vai mal", lembram quem disse essa frase?).
Apesar de tudo, não desejamos o mal a ninguém. Acreditamos que cada um dá o que tem e colhe o que planta. Quem semeia amor colhe amor. Quem semeia a dor colhe a dor.
Como à noite e às sombras dão lugar ao dia e à luminosidade, estamos confiantes e esperançosos de que o pior passou e um novo tempo se anuncia para o nosso Tribunal de Justiça. Um tempo onde o equilíbrio, o diálogo e a tolerância prevaleçam. Um tempo, sobretudo, onde os privilégios sejam combatidos e a justiça aplicada a todos, pequenos e grandes.
São com estes sentimentos que vamos à praça nesta segunda-feira, 19. Sem revanchismo, sem ódio e sem medo e certos de que amanhã será um novo dia.
Venha com a gente. Precisamos dar uma demonstração de união e força. Não se iluda, sem resistência e luta, não avançaremos e corremos o risco de perder ainda mais direitos.
Por isso, vem pra rua nesta segunda-feira.
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Foram apenas dois anos. Mas como demoraram a passar. Assim é com as coisas ruins. Só faltam não acabar. Felizmente, o pesadelo terminou. Não esqueceremos, contudo, o que sofremos na pele. Tratados como lixo, a seu modo, cada um de nós resistiu como pôde, mas levará para sempre na memória as marcas desse período sombrio.
Sob a tirania, fomos tratados com desprezo e escarnecidos publicamente. Tivemos nossos direitos usurpados, perdemos salários. Muitos de nós não suportaram a pressão e adoeceram. Mas não perdemos, em momento algum, a dignidade. Sucumbir jamais. Não demos esse gosto ao "rei mal coroado", que de formas obsessiva e desumana fez de tudo para nos destruir.
Não sabemos o mal que o mundo fez a esse homem. Duro, injusto e implacável com os pequenos. Afável, conciliador e generoso com os grandes (leram a cartinha de natal dele aos juízes?!). Esses são traços marcantes da biografia do moralista de botequim, que entrará para a história como o homem que levou o TJRN à ruína em dois anos.
Desastre atestado por ninguém menos que o Conselho Nacional de Justiça, que apontou o TJRN como um dos mais ineficientes do Brasil. Em apenas dois anos caímos do Selo Diamante, o topo, para o Selo Bronze, a pior colocação.
Judiciário sucateado. Funcionários doentes, com a autoestima destruída. Essa é a herança maldita deixada pelo político e midiático "gestor", o homem que com seus pitacos, ora inconvenientes, ora inconsequentes, se apresenta à sociedade como o salvador do Rio Grande do Norte.
Em termos financeiros, a instituição TJRN vai muito bem obrigado. Tem mais de R$ 500 milhões em caixa. Os juízes também não têm do que reclamar. Já os funcionários estão há mais de cinco anos sem sequer a reposição das perdas inflacionárias, amargando um arrocho salarial sem precedentes ("O Brasil vai bem, mas o povo vai mal", lembram quem disse essa frase?).
Apesar de tudo, não desejamos o mal a ninguém. Acreditamos que cada um dá o que tem e colhe o que planta. Quem semeia amor colhe amor. Quem semeia a dor colhe a dor.
Como à noite e às sombras dão lugar ao dia e à luminosidade, estamos confiantes e esperançosos de que o pior passou e um novo tempo se anuncia para o nosso Tribunal de Justiça. Um tempo onde o equilíbrio, o diálogo e a tolerância prevaleçam. Um tempo, sobretudo, onde os privilégios sejam combatidos e a justiça aplicada a todos, pequenos e grandes.
São com estes sentimentos que vamos à praça nesta segunda-feira, 19. Sem revanchismo, sem ódio e sem medo e certos de que amanhã será um novo dia.
Venha com a gente. Precisamos dar uma demonstração de união e força. Não se iluda, sem resistência e luta, não avançaremos e corremos o risco de perder ainda mais direitos.
Por isso, vem pra rua nesta segunda-feira.
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