TJRN nega auditório para Sisjern realizar plenária
- terça-feira, 25 de agosto de 2015.
Numa atitude inusitada e reveladora, o TJRN negou a cessão de um auditório para o Sisjern realizar uma plenária. Em função disso, a plenária que ocorreria esta semana foi cancelada. A solicitação, através de ofício, foi encaminhada na semana passada pela Direção do Sindicato e ontem (24) veio a negativa.
A represália não chega a surpreender, como nada que já foi feito e ainda virá da atual gestão do TJRN, que depois da série de medidas que retiraram direitos e diminuíram salários dos servidores, agora tenta emparedar, destruir o Sindicato.
Tudo indica que esta é a segunda parte do plano do presidente do TJRN, enfraquecer e abalar a legitimidade do Sisjern. Um sindicato fraco e dividido terá um poder de negociação muito menor e é com isso que o presidente do TJRN sonha.
É tudo concatenado. E com método. Ainda no último sábado, Cassiano Arruda escreveu nota sobre os valores que o Tribunal repassou ao Sisjern. Segundo o jornalista a informação foi repassada pelo próprio TJ. É uma campanha insidiosa e infamante, agora contra o Sindicato, que tem encontrado guarida certa na mídia.
Infelizmente, não se ouve uma palavra do presidente do TJRN contra os privilégios dos magistrados e dos próprios desembargadores. Nada sobre nepotismo, cruzado ou descruzado. Também não se lê uma nota que seja sobre os vencimentos dos juízes, que em apenas três anos conseguiram 24,6% de reajuste salarial (5% em 2013, 5% em 2014 e 16,4% em 2015). Com os 16,38% a partir de janeiro de 2016, chega-se ao patamar de 40,98%. A dramática crise que o país atravessa, o bom senso e os cofres públicos que se explodam.
Nesses casos, a Lei de Responsabilidade Fiscal é ardilosamente "esquecida". Convenientemente, só é sacada quando é para justificar o arrocho contra os servidores, tratados na chibata e de forma humilhante nos últimos meses.
Tudo isso sem falar nos "auxílios" disso e daquilo e demais artifícios que engordam ainda mais os já polpudos contracheques, ultrapassando em muito o teto constitucional (correspondente ao subsídio do ministro do STF, atualmente fixado em R$ 33.763,00).
Infelizmente, ainda restam longos 16 meses da atual gestão. E que ninguém se iluda, nada de bom virá nesse funesto período. A nossa única opção é estarmos unidos e fortes para resistir às investidas da Casa Grande. O capataz não se deterá.
Alguns que conhecem a história do TJRN já admitem que desde Jerônimo Américo Rapouso da Câmara a corte não passava por uma situação tão delicada e grave.
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