Carreata reúne 200. Audiência de Conciliação, Ato e Assembleia nesta quinta, 16/04
- quarta-feira, 15 de abril de 2015.
Os trabalhadores do Judiciário Potiguar - em greve desde o dia 17/03 - realizaram nesta quarta-feira, 15/04, uma carreata-buzinaço contra o auxílio-moradia para juízes.
A "Caravana da Justiça", que contou com cerca de 200 carros, teve seu inicio por volta das 10h, após um Ato Público em frente à sede do TJRN, na Praça Sete de Setembro, indo até o Fórum Miguel Seabra Fagundes, no bairro de lagoa Nova. No local de chegada, outro ato Público. "O segredo de nosso movimento é a união", disse Bernardo Fonseca, dirigente do Sindicato da Justiça (Sisjern).
Nesta quinta-feira, às 10h, na sede do TJRN, haverá uma audiência de conciliação - sugestão dada pelo Sindicato em suas contrarazões no processo em que o TJRN, através da PGE/RN, pede a ilegalidade da greve. O relator é o Des. Glauber Rego.
Os grevistas farão um Ato Público a partir das 8h, na Praça Sete de Setembro. Após a audiência, realizarão assembleia no Centro Pastoral D. Heitor de Araujo Sales, ao lado da Assembleia Legislativa. "Lugar de todo trabalhador do Judiciário potiguar, na manhã desta quarta, é na praça", convoca Edvaldo Ribeiro, dirigente do Sindicato.
A categoria reivindica a não implementação das medidas contra os servidores anunciadas pelo Presidente do TJRN, Des. Cláudio Santos; pela fixação de uma data-base; e pela progressão funcional, conforme lei.
Entre as medidas de Santos, está a Portaria que dispensou os Diretores de Secretaria, já tornada sem efeito por ato do Juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública do TJRN, Luiz Alberto Dantas Filho, que atendeu pleito liminar solicitado por Ação Civil Pública do Sindicato da Justiça (Sisjern). Agravo de Instrumento da PGE sobre a questão foi negado pelo Des. Vivaldo Pinheiro, que manteve o entendimento de Dantas Filho.
30 DIAS DE GREVE
Carreatas, Atos públicos, assembleias, campanhas de doações de sangue, apitaços e buzinaços, entre outras coisas, bem como articulações, marcaram as ações dos trabalhadores do Judiciário Potiguar, nestes 30 dias de greve, provocando reações variadas de magistrados.
Uma dessas reações ocorreu no dia 26/03, uma quinta-feira, quando a juíza da Vara de Violência Doméstica, Maria do Socorro Pinto, proibiu, com força policial, a entrada dos grevistas ao Edifício Milenium, prédio que funciona como anexo do Fórum Miguel Seabra Fagundes e onde, nas proximidades, se realizava mais um Ato Público do movimento. Servidores lotados no Edifício acenavam das janelas, solicitando a presença dos manifestantes.
Após negociações, a magistrada permitiu a entrada de apenas quatro grevistas. O caso se encontra sob análise da Assessoria Jurídica do Sindicato da Justiça (Sisjern).
Não se trata de uma situação inédita, embora, desde o início da greve os manifestantes viessem tendo acesso a todos os prédios, inclusive ao Fórum Seabra Fagundes, onde os grevistas já haviam entrado dias antes e onde retornaram, momentos depois de saírem do Anexo.
Em 11/03, uma equipe de foto/filmagem do Sindicato da Justiça (Sisjern) foi impedida de ter acesso à Sessão do Pleno do TJRN, sendo escoltada militarmente até à Secretaria de Comunicação do TJRN, quando, depois de um tempo, foi comunicada da proibição de acessar o plenário. Vários servidores também tiveram negado o acesso à galeria. Na Sessão do dia 18/03, o TJRN voltou a dificultar, sem sucesso, o acesso ao plenário da categoria e da equipe de foto/filmagem.
A Sessão do Pleno do dia 11/03 aprovou, por unanimidade, um projeto que congela a Gratificação de Técnico de Nível Superior (GTNS) dos servidores e outro - com apenas um voto - que revoga o Adicional por Tempo de Serviço (anuênio) da categoria, o que fez com que os trabalhadores deflagrassem o movimento paredista. Os projetos se encontram na Assembleia Legislativa, para apreciação dos deputados.
Rudson Pinheiro Soares - Jornalista
Fotos: Estúdio Valmir Queiroz
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A "Caravana da Justiça", que contou com cerca de 200 carros, teve seu inicio por volta das 10h, após um Ato Público em frente à sede do TJRN, na Praça Sete de Setembro, indo até o Fórum Miguel Seabra Fagundes, no bairro de lagoa Nova. No local de chegada, outro ato Público. "O segredo de nosso movimento é a união", disse Bernardo Fonseca, dirigente do Sindicato da Justiça (Sisjern).
Nesta quinta-feira, às 10h, na sede do TJRN, haverá uma audiência de conciliação - sugestão dada pelo Sindicato em suas contrarazões no processo em que o TJRN, através da PGE/RN, pede a ilegalidade da greve. O relator é o Des. Glauber Rego.
Os grevistas farão um Ato Público a partir das 8h, na Praça Sete de Setembro. Após a audiência, realizarão assembleia no Centro Pastoral D. Heitor de Araujo Sales, ao lado da Assembleia Legislativa. "Lugar de todo trabalhador do Judiciário potiguar, na manhã desta quarta, é na praça", convoca Edvaldo Ribeiro, dirigente do Sindicato.
A categoria reivindica a não implementação das medidas contra os servidores anunciadas pelo Presidente do TJRN, Des. Cláudio Santos; pela fixação de uma data-base; e pela progressão funcional, conforme lei.
Entre as medidas de Santos, está a Portaria que dispensou os Diretores de Secretaria, já tornada sem efeito por ato do Juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública do TJRN, Luiz Alberto Dantas Filho, que atendeu pleito liminar solicitado por Ação Civil Pública do Sindicato da Justiça (Sisjern). Agravo de Instrumento da PGE sobre a questão foi negado pelo Des. Vivaldo Pinheiro, que manteve o entendimento de Dantas Filho.
30 DIAS DE GREVE
Carreatas, Atos públicos, assembleias, campanhas de doações de sangue, apitaços e buzinaços, entre outras coisas, bem como articulações, marcaram as ações dos trabalhadores do Judiciário Potiguar, nestes 30 dias de greve, provocando reações variadas de magistrados.
Uma dessas reações ocorreu no dia 26/03, uma quinta-feira, quando a juíza da Vara de Violência Doméstica, Maria do Socorro Pinto, proibiu, com força policial, a entrada dos grevistas ao Edifício Milenium, prédio que funciona como anexo do Fórum Miguel Seabra Fagundes e onde, nas proximidades, se realizava mais um Ato Público do movimento. Servidores lotados no Edifício acenavam das janelas, solicitando a presença dos manifestantes.
Após negociações, a magistrada permitiu a entrada de apenas quatro grevistas. O caso se encontra sob análise da Assessoria Jurídica do Sindicato da Justiça (Sisjern).
Não se trata de uma situação inédita, embora, desde o início da greve os manifestantes viessem tendo acesso a todos os prédios, inclusive ao Fórum Seabra Fagundes, onde os grevistas já haviam entrado dias antes e onde retornaram, momentos depois de saírem do Anexo.
Em 11/03, uma equipe de foto/filmagem do Sindicato da Justiça (Sisjern) foi impedida de ter acesso à Sessão do Pleno do TJRN, sendo escoltada militarmente até à Secretaria de Comunicação do TJRN, quando, depois de um tempo, foi comunicada da proibição de acessar o plenário. Vários servidores também tiveram negado o acesso à galeria. Na Sessão do dia 18/03, o TJRN voltou a dificultar, sem sucesso, o acesso ao plenário da categoria e da equipe de foto/filmagem.
A Sessão do Pleno do dia 11/03 aprovou, por unanimidade, um projeto que congela a Gratificação de Técnico de Nível Superior (GTNS) dos servidores e outro - com apenas um voto - que revoga o Adicional por Tempo de Serviço (anuênio) da categoria, o que fez com que os trabalhadores deflagrassem o movimento paredista. Os projetos se encontram na Assembleia Legislativa, para apreciação dos deputados.
Rudson Pinheiro Soares - Jornalista
Fotos: Estúdio Valmir Queiroz
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