Após terrorismo, Conferência Nacional dos Bancários aprova moção de repúdio ao Santander
- quinta-feira, 31 de julho de 2014.
Documento ressalta irresponsabilidade do banco espanhol, não só com a economia, mas com a democracia brasileira
Fonte: cut.org.br - 29.07.2014
Na plenária deste domingo (27) da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em Atibaia (SP), os 634 delegados e delegadas aprovaram por unanimidade uma moção de repúdio ao Santander, em resposta à carta enviada no mês de julho aos clientes de alta renda (Select), que foi classificada como terrorismo pela Contraf-CUT, uma vez que atenta contra a economia, a democracia e o povo brasileiro.
Em notícia publicada no blog de Fernando Rodrigues no portal do UOL na sexta-feira (25), o banco afirmou no extrato mensal aos clientes que o eventual sucesso eleitoral da presidente Dilma Rousseff irá piorar a economia do Brasil.
Para o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, "um banco estrangeiro, que veio aqui e adquiriu bancos, sobretudo, na era das privatizações do governo FHC, revela um profundo desrespeito com o Brasil e os brasileiros, piorando ainda mais a sua imagem junto aos trabalhadores e à população".
"Não permitiremos que atos terroristas de bancos, como o Santander, coloquem em risco a democracia no Brasil, que foi duramente conquistada após muita luta e sangue nos últimos 50 anos", salientou o dirigente sindical.
Segundo Cordeiro, "mais do que pedir desculpas aos seus clientes, o Santander tem que passar a respeitar os clientes, os bancários e o Brasil, bem como mudar a sua gestão equivocada no País, onde o banco obteve 20% do lucro mundial no primeiro trimestre deste ano, mas os trabalhadores e os clientes não são ouvidos nem valorizados".
Foram também aprovadas moções de apoio ao aumento no número de empregados na Caixa Econômica Federal, de repúdio às demissões dos metroviários de São Paulo, apoio à greve dos professores da Universidade de São Paulo (USP), repúdio à criminalização dos movimentos sociais e o assassinato em massa do povo palestino.
Leia a íntegra da moção de repúdio aprovada:
MOÇÃO DE REPÚDIO AO BANCO SANTANDER
Os delegados reunidos na 16ª Conferência Nacional dos Bancários repudiam a postura do banco Santander Brasil ao enviar comunicado a clientes de renda alta, no qual afirma haver "quebra de confiança e pessimismo crescente em relação ao Brasil", e que se a presidenta Dilma Rousseff "se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia".
Consideramos o gesto do banco irresponsável, não só com a economia, mas com a democracia brasileira. Uma instituição desse porte não pode, ainda que tenha preferência eleitoral, praticar especulação, agredir a imagem do país e pôr em dúvida a nossa estabilidade. Vivemos uma situação de cenário mundial complicado, mas com crescimento sustentável, inflação controlada, juros estáveis, geração de empregos e elevação da renda.
É inaceitável essa ingerência do banco espanhol tentando influenciar a disputa eleitoral contra a vontade soberana do povo que irá às urnas em 5 de outubro.
Delegados e delegadas presentes à 16ª Conferência Nacional dos Bancários
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Fonte: cut.org.br - 29.07.2014
Na plenária deste domingo (27) da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em Atibaia (SP), os 634 delegados e delegadas aprovaram por unanimidade uma moção de repúdio ao Santander, em resposta à carta enviada no mês de julho aos clientes de alta renda (Select), que foi classificada como terrorismo pela Contraf-CUT, uma vez que atenta contra a economia, a democracia e o povo brasileiro.
Em notícia publicada no blog de Fernando Rodrigues no portal do UOL na sexta-feira (25), o banco afirmou no extrato mensal aos clientes que o eventual sucesso eleitoral da presidente Dilma Rousseff irá piorar a economia do Brasil.
Para o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, "um banco estrangeiro, que veio aqui e adquiriu bancos, sobretudo, na era das privatizações do governo FHC, revela um profundo desrespeito com o Brasil e os brasileiros, piorando ainda mais a sua imagem junto aos trabalhadores e à população".
"Não permitiremos que atos terroristas de bancos, como o Santander, coloquem em risco a democracia no Brasil, que foi duramente conquistada após muita luta e sangue nos últimos 50 anos", salientou o dirigente sindical.
Segundo Cordeiro, "mais do que pedir desculpas aos seus clientes, o Santander tem que passar a respeitar os clientes, os bancários e o Brasil, bem como mudar a sua gestão equivocada no País, onde o banco obteve 20% do lucro mundial no primeiro trimestre deste ano, mas os trabalhadores e os clientes não são ouvidos nem valorizados".
Foram também aprovadas moções de apoio ao aumento no número de empregados na Caixa Econômica Federal, de repúdio às demissões dos metroviários de São Paulo, apoio à greve dos professores da Universidade de São Paulo (USP), repúdio à criminalização dos movimentos sociais e o assassinato em massa do povo palestino.
Leia a íntegra da moção de repúdio aprovada:
MOÇÃO DE REPÚDIO AO BANCO SANTANDER
Os delegados reunidos na 16ª Conferência Nacional dos Bancários repudiam a postura do banco Santander Brasil ao enviar comunicado a clientes de renda alta, no qual afirma haver "quebra de confiança e pessimismo crescente em relação ao Brasil", e que se a presidenta Dilma Rousseff "se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia".
Consideramos o gesto do banco irresponsável, não só com a economia, mas com a democracia brasileira. Uma instituição desse porte não pode, ainda que tenha preferência eleitoral, praticar especulação, agredir a imagem do país e pôr em dúvida a nossa estabilidade. Vivemos uma situação de cenário mundial complicado, mas com crescimento sustentável, inflação controlada, juros estáveis, geração de empregos e elevação da renda.
É inaceitável essa ingerência do banco espanhol tentando influenciar a disputa eleitoral contra a vontade soberana do povo que irá às urnas em 5 de outubro.
Delegados e delegadas presentes à 16ª Conferência Nacional dos Bancários
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